sexta-feira, abril 17, 2015

Complexa essência.

Após as voltas que o mundo dá eu voltei a ser quem sou. Sempre mudando. Com mais cicatrizes. Enxergando diferente. Com alguns novos objetivos mas com uma mesma essência.

Voltei a ser frio. Como uma maldição, um fardo que tenho que carregar.

Frio. Me importando com, a cada vez, menos pessoas. Um pouco decepcionado. Mas não comigo, Lutei enquanto tive forças e esperança.

Pensando ainda mais em como seguir a vida só. Objetivos egoístas e distantes daqui. Frio para não sofrer mais. Utopia que me protege.

Me pego sorrindo as vezes. Não, eu não sou um emaranhado de características ruins e tão pouco de coisas negativas. Mas confesso que é bom colocar pra fora uma autorreflexão do seu lado podre. Há momentos em que uma exposição ruim pode criar uma expectativa tão baixa que qualquer flor recebida se tornará um mar de rosas!

As pessoas que me conhecem podem dizer que voltei a ser eu mesmo. Feliz, sorridente, amigo, sincero, leal, respeitoso, um porto seguro. Talvez eu seja mais que isso. Mas o que me caracteriza mesmo é meu lado indiferente e seco em relação ao que me incomodou um dia. Não olho para o passado com tristeza. Olho para saber o quão longe estou dele e para não repetir meus erros.

Não quero sofrer pelos mesmo motivos. Frieza para não cair em tentações. Consciência para lutar por coisas simples e que são a base ética dos meus valores.

Desculpe aos que não me entendem. Mas nesse momento preciso que apenas me aceitem.  Podem me contestar sempre de forma respeitosa. Assim vamos viver bem juntos, por estradas diferentes.

Ainda tenho muito a dizer, porém hoje vou terminar por aqui, citando uma frase de Jane Margolis do seriado Breaking Bad: "Abra sua mente e deixe que o universo a conduza."

terça-feira, abril 14, 2015

indiferença

Sim! E com letra minúscula pra explicar o quão indiferente podemos ser. Propositalmente ou simplesmente quando o pensamento deixa de existir. Até com a língua portuguesa.

Eu me importo com as pessoas que conheço. E quando elas me dão oportunidade, falo o que penso. Seja bom ou ruim, penso e falo claramente. Se for para magoar num primeiro momento eu falo mesmo assim. Mas tenha certeza que é para o bem dela. Mesmo que seja de acordo com meus princípios.

Certa vez conversei profissionalmente com minha superior. Falei a ela que não me julgasse mal, mas sempre que questionava e discordava dos pontos adotados pela empresa, eu entendia que aquilo não era saudável para ambos os lados. E assim a relação profissional se estendeu por mais alguns meses. Uma hora me tornei indiferente à empresa que por tanto tempo admirei. Acabei negociando meu desligamento. 

E assim a vida segue. Vamos mostrando interesse. Tentando resolver assuntos pendentes. Hora elogiando, hora criticando. Mostrando admiração e preocupação.

Um dia a gente cansa. O cérebro desliga. A irritação passa. O encantamento passa. As ligações cessam. As mensagens não chegam mais. Os emails desaparecem. Os textos não lhe citam. A luz apaga.

E a vida segue, indiferente.

domingo, abril 12, 2015

Legitimidade

Do dicionário Michaelis: caráter, genuinidade, legalidade, fundado no direito, verdadeiro, puro, autêntico.

Uma hora a vida te cobra.

Fazemos o que achamos ser certo. Porém, por algumas vezes, nos deparamos com situações em que não agimos de maneira legítima.

O que quero dizer com isso é que acabamos indo na onda de outra pessoa. "Maria vai com as outras." Aproveitamos determinada situação e nos colocamos em posição vulnerável.

Se você faz uma viagem por conta e terceiros, ganha um carro, roupas, jóias ou mesmo é sustentada financeiramente por alguém, deve entender que está em débito. A legitimidade daquele momento não é sua, é do seu patrocinador.

Uma vez em débito, duas coisas podem acontecer: ser perdoado ou pagar de volta. Este pagamento acontece de diversas maneiras e em algumas delas você nem mesmo se vê pagando, mas paga. O trabalho, o sexo, ou mesmo o dinheiro poderá sanar sua dívida. Mais uma vez, a legitimidade não está naquele momento, mas no momento que fez a dívida. A verdadeira legitimidade está no provedor.

Certo ou errado é uma questão de julgamento. Prefiro entender que sou dono do meu próprio nariz.  Não devo nada a ninguém. Independente e ético.


sexta-feira, abril 10, 2015

Acho que vou morrer de câncer.

Então... Não me venha com mensagens sensacionalistas falando que palavra tem poder e blá blá blá.

Este texto é fictício e pra não causar qualquer tipo de polêmica, minha saúde vai bem, obrigado.

Quando falo sobre minha morte não quero dizer que gostaria de morrer assim ou de qualquer outro jeito. Mas todos vamos morrer, certo?

Tenho certeza que todos nós já pensamos nisso. Pensamos inclusive no suicídio. Eu pelo menos já pensei.

Não sou tão desequilibrado para me jogar do alto de algum edifício, cortar os pulsos ou tomar veneno. Mas as vezes penso na morte. Penso em entes queridos que já se foram.

Pouco tempo atrás perdi um tio devido a um câncer. Não sou médico e confesso que não fui tão curioso a ponto de estudar por conta própria sobre a doença. Mas a meu ver, acho que meu tio faleceu devido a um diagnóstico tardio feito pelos médicos que o atenderam.

Por outro lado, e pra quem acredita, tenho minhas convicções que somatizamos tudo que acontece ao nosso redor. Estresse do trânsito e trabalho, desavenças com amigos e parentes, amores mal resolvidos, inveja, ciúmes, provocações... Tudo isso colabora para nossa saúde. Ou doença.

Entendo que pessoas como eu, que tentam sorrir para todos. Se mostram feliz todo o tempo. E que na verdade vão guardando tudo aquilo de ruim que acontece, tendem a sofrer modificações nas células. Células defeituosas acabam virando um câncer.

Meu tio era um pouco assim. Calado. Não gostava de compartilhar seus problemas. Guardava. Guardava. Guardava mais. Eu sou assim.

Não sei se consigo mudar. Tenho trabalhado nisso. Não  é fácil. As vezes parece que este tipo de auto controle é mais problema que tenho que aprisionar em mim. Enquanto a mudança não vem, ainda sofro com notícias de longe, ingratidão, inveja, ciúmes, pessoas confusas, sentimentos não recíprocos e por aí vai.

Escrever aqui pode me ajudar. Seja para alguém, seja pra ninguém.

Até que a morte me separe.

terça-feira, abril 07, 2015

Obrigado Prada.

Até a moda tem algo a nos dizer.

Não digo isso quando ela nos identifica como parte de uma tribo, ou mesmo quando falamos em estilo, auto estima ou originalidade.

Bom, vamos começar do começo. Hoje vi o filme "O Diabo veste Prada". Na verdade não sei ao certo o numero de vezes que já vi este filme. Sempre achei esta película interessante e vai muito além da beleza de Anne Hathaway. Que por sinal está impecavelmente linda!

Acredito que a medida que passamos por experiências em nossa vida, vemos tudo com outros olhos. Entre elas, filmes.

Depois de alguns meses no chão, viajei. E acho que voltei diferente depois deste ultimo passeio. Vi que o mundo não acabou e que ainda há muito o que conhecer! Tenho amigo espetaculares e lugares maravilhosos que merecem minha visita... Por meus próprios meios, pela minha própria força. Então, de pé!

Continuando, enxerguei muitas mensagens subliminares que ainda não estavam claras pra mim neste adorável filme de Sessão da Tarde. Relacionamento, mudança de comportamento, luta pelo trabalho, decepção, reconhecimento, rotina, conquista, frustração, reconquista...

Das voltas que o mundo dá, pode ser que ele tenha passado do ponto. Daí pra frente não se encontrarão mais.

Enxergar um mundo novo onde só havia tristeza, pode ser um recomeço, uma vida nova. Não digo com o sorriso da Anne em eu rosto, "quem me dera", mas o simples fato de se levantar e começar a andar, pode ser bom.

Meu obrigado à Prada. E ao Diabo.