terça-feira, junho 28, 2011

Em busca do eu.

Há tempos venho tentando me encontrar. Saber quem sou realmente.

Talvez a busca do autoconhecimento ultrapasse o limiar consciente coletivo do ser humano. Vai além da auto interpretação uma vez que somos seres sociais. Vivemos coletivamente. Inevitável tornar um único pensamento como verdade absoluta sobre as coisas. E claro sobre as pessoas. Isso não é bom!

Digamos que o problema está em assumir perante a sociedade. Uma vez que você se coloca em determinada posição perante as pessoas. Acreditar naquilo que pensa é fundamental para que tudo fique mais fácil. Por outro lado, se você tem alguma dúvida, isso pode complicar todo o resto.

Quando se trabalha com pessoas. Atendendo. Conversando. Opinando. O cuidado com o que se fala e com qual postura - ou quais posturas - tomar perante esses seres deve ser dobrado, triplicado. Qualquer falha ou triunfo pode ser multiplicado por mil. Detalhe, muitas vezes não por você. Lembra da história do telefone sem fio? A diferença entre fato e versão é enorme!

Outro dia, vendo um filme relativamente bobo, me deparei com uma frase que me fez pensar: "Então, você é o mocinho fingindo ser o vilão ou o vilão fingindo ser o mocinho?"

Caramba! Serviu como uma luva!

Eu sinceramente não sei quem eu sou. Mocinho... Vilão... ou alguém fingindo ou tentando ser outra pessoa. Sinceramente que num primeiro momento eu admiro os vilões. Detesto os mocinhos. Bonzinho só se f*de! E eu acredito muito nisso. Infelizmente eu acho que estou mais pra mocinho. Me afundando... pra não falar outra coisa.

O ideal? O ideal eu não sei meu camarada... Talvez uma mistura de cada um deles. Um pra cada momento? É... pode ser. Quem vai saber?

Enquanto não me encontro, vivo. Enquanto vivo, procuro. Por enquanto sem sorte e com algum sofrimento. Sempre arcando como cada consequência de meus atos, a interpretação alheia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Seja um livro aberto. Observe sua postura, seu modo de ser, tente ser o mais correto possível, dentro da sua verdade.
Dessa forma, não haverá interpretações equivocadas a seu respeito.
Se é bom, saberão que é bom, porque verão isso em você. E esse é o caminho.
Se é o vilão, bom, espero que não o seja.

Anônimo disse...

Nada de falsos moralismos, né?...Porém todos somos um e outro. Até quando queremos ser mocinho viramos vilão...acontece! Mas pior que tudo é não conseguir afirmar-se e viver em conformidade. As palavras são facas...ou cristal...mas sem elas...é o deserto! Sonho com as palavras e de vez em quando essas fazem-me sentido, como hoje...Veja...Bj