quarta-feira, junho 17, 2015

Influenciar ou influenciado

"Eu não vou pro inferno
Eu não iria tão longe por você
Mas vai ser impossível não lembrar
Vou estar em tudo em que você vê
Nos seus livros, nos seus discos
Vou entrar na sua roupa
E onde você menos esperar
Eu vou estar"

Música incidental, Eu vou estar - Capital Inicial.

Alguns dias atrás, ouvia esta música, despretensiosamente, quando de repente, um click!

Somos formados por uma junção de experiências. Vivências que deixam marcas e lembranças. Fiz questão de separar pois em todas nossas histórias temos algo de bom e de ruim para contar.

É claro que por um tempo, principalmente durante nossa formação intelectual. somos mais influenciados. Amigos, família, ambiente, tudo contribui, de um jeito ou de outro, para nos transformar no que somos - ou seremos, algum tempo depois.

Após um ciclo básico, a questão é saber se você mais influencia ou é influenciado. Não, não a nada de mal nisso, seja qual lado você escolher. Mas sua responsabilidade muda.

Eu sempre gostei de ser um cara pioneiro. Apesar de careta (olha uma influência aí... rs), sempre gostei de ser referência. Gosto de passar meu gosto adiante. Gosto de deixar mais lembranças. Deixar marcas.

Isso tudo é um pouco complicado, afinal, essa relação de influência acaba sendo mútua. Mas ás vezes você se deixa influenciar com mais facilidade. Pense bem, lembra quando você começou a gostar daquele cara? Você está de cabeça aberta para ouvi-lo falar com você seja qual for o ambiente que ele te levar. Lembra quando você gostou daquela menina? Você está disposto a estar com ela seja qual prato ela cozinhar pra você. Será que ficou mais claro agora? Nada né? (Risos)

Se é bom ou ruim, depende. Depende de como tudo acaba. Se terminar tendo uma lembrança que nunca vai embora e fica um gostinho de quero mais, pode ser que na verdade ainda não acabou e você terá que lutar para me tirar dos seus livros, seus discos... Até que ponto lutar contra você mesma é bom?

Se terminar com memórias mas sem lembranças, ok. Segue a vida. Vida que segue.

Agora, bom mesmo é quando chegamos ao fim da vida. Velhinhos, no sossego de uma casa de campo, aproveitando aqueles últimos dias sentindo um ultimo cheiro, escutando uma última música. Olhar pra trás e falar que valeu a pena ter passado toda uma vida ao seu lado e compartilhado tantas influências... Não tem preço.




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